Existem mais de 300 escolas, centro de práticas e hotéis que oferecem cursos para formar professores. São caros, pois virou bom negócio depois da visita dos Beatles, e a cidade recebe gente do mundo inteiro. Indianos, nepaleses, tibetano e chineses dominam o comércio local. São de Rishikesh alguns dos mestres do hinduísmo, da yoga, do budismo e de outras espiritualidades.

A cidade está sempre lotada com gente das montanhas que descem para os templos. São estrangeiros de tudo quanto é lugar e os indianos que vêm buscar conhecimento e viver nas encostas do Himalaia, na floresta onde vivem muitos mestres iluminados. Devido à esta mistura ou apesar dela, o silêncio é a busca de cada um.

Em alguns rostos fotografados, os olhos falam muito. Tive bons momentos à beira do Rio Ganga, com seu lindo por do sol, os rituais, a meditação, a yoga ou banhos do fim de tarde. Como tive que comprar um celular na Índia, optei por um que possuía uma máquina fotográfica de qualidade, para poder trabalhar com as imagens no computador. Nesta viagem, ficou evidente mais uma vez meu interesse por rostos de pessoas. Em geral, percebe-se alguma conexão na expressão facial.  

Decidi fazer um curso para professor de yoga. Escolhi um hotel no meio das montanhas, silencioso e com conforto ocidental (chuveiros, etc). Foram momentos de descobertas, mas também de sofrimentos que tiveram que ser trabalhados. Não sei se voltaria lá, porém sinto saudades de alguns lugares, algumas pessoas que me trataram muito bem nos três meses que lá passei. O curso durou um mês e eu voltei para o hotel de onde tinha saído para o curso. Lá continuei com aulas e fotografei muito. No final de dezembro de 2017, quando estava para voltar ao Brasil, começou a esfriar. Assim me despedi de Rishikesh.

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