Iniciei minha carreira de fotógrafo em 1970, em Itajaí, SC, como fotógrafo de estúdio retratando pessoas. Mais tarde, trabalhei com publicidade, jornalismo e arte. Publiquei fotos em vários livros e catálogos de arte, campanhas publicitárias e reportagens em jornais e revistas catarinenses e nacionais. No final dos anos 1980 atuei como still photographer na cidade de Los Angeles, Califórnia, em produções cinematográficas. As imagens que constam neste site refletem parte desta trajetória, dos anos 1980 até a atualidade, aliando os conhecimentos na área com minha busca pelo autoconhecimento.
O que une imagens de contextos tão distintos e díspares é minha experiência pessoal e artística. Mais do que um registro histórico de determinadas situações, a proposta deste site é revelar a busca pelo “bom olhar”, um estado de percepção sem julgamento no contato com o ambiente, conhecido como Fotografia Contemplativa, cuja perspectiva permite olhar com outros olhos o ambiente que nos cerca. A busca por um olhar instigante e sensível, fruto da observação destes diferentes contextos culturais é um dos pontos centrais da publicação deste site, pois promove a construção de outros modos de entendimento da arte de fotografar e sua dimensão humana.
O site apresenta, aliado às imagens, um relato de minhas experiências sobre os lugares e contextos fotografados, propiciando uma sensível viagem por diferentes culturas. Desde 2010 venho me dedicando ao estudo do método Miksang, cujo significado em tibetano é “bom olho”. Na fotografia contemplativa (como também é chamado) há critérios diferentes dos convencionais no momento de captar uma imagem, pois a proposta da fotografia Miksang é baseada na meditação ou na atenção ao momento presente. O “clique” ocorre quando algo desperta interesse e atenção momentânea, ao invés de uma premeditação ou composição de determinado registro.
Por ser um estudo ainda muito recente, que começou nos EUA e ao qual me dediquei a estudar fazendo cursos em Bouder, Colorado, há um desejo de que este método de fotografia seja conhecido também no Brasil, como uma prática que busca reinventar os modos de ver o mundo, a arte e a própria fotografia.
Currículo Pedro Alipio
Fotógrafo e promotor cultural. Bacharel em Pedagogia com ênfase em Treinamento Empresarial e Educação à Distância pela UNIVALE. Possui fotografias publicadas em veículos como Jornal de Santa Catarina, O Estado, Jornal A Notícia, Diário Catarinense, O Estado de São Paulo, Revista Visão e Osho Times. Criador do Núcleo de Fotografia de Florianópolis, em 1979, uma das primeiras ações coletivas da área em Florianópolis.
No final dos anos 1980 atuou como still photographer na cidade de Los Angeles, Califórnia, em produções cinematográficas tais como Promisse Land e Slam Dance.
Foi Diretor de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa de Santa Catarina de 1999 e 2001. Em 2002, coordenou diferentes projetos culturais e educativos na Fundação Catarinense de Cultura, como Diretor de Planejamento. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina e Coordenador da Primeira Conferência Nacional de Cultura no Estado, nos anos 2006 e 2007.
De 2003 a 2007 foi Gerente de Cultura na Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina. Gerenciou a Rede de Integração Cultural (RIC) do estado, uma iniciativa que reunia produtores, artistas e gestores públicos e privados, e integrou mais de mil e quinhentos profissionais do setor.
Faz parte da diretoria do Instituto Meyer Filho.
Em 2010 se especializou em Fotografia Contemplativa – Miksang – em Bolder, no Colorado (EUA). Nos últimos oito anos tem percorrido países como Índia, China, Tailândia, Tibet, Nepal, Miamar, Laus e Europa fotografando pessoas e lugares com o modo de olhar contemplativo.
Participou como fotógrafo dos livros:
– Meyer Filho – Vida e Arte. Org. Carlos Damião. Florianópolis: FCC, 2002.
– Meyer Filho – Um Modernista saído da Lira.Org. Sandra Meyer e Rosangela Cherem. Blumenau: Editora Nauemblu, 2007.
– Brasil Brasileiro. Nossa Terra, Nossa Gente. Org. Fabio Magalhães. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil, 2008.
– Meyer Filho. Coleção Vida e Arte. Florianópolis: Editora Tempo, 2010.
– Meyer Filho – Exercício de Imaginação. Org. Sandra Meyer, Kamilla Nunes, Teresa Siewerdt. Florianópolis: Instituto Meyer Filho, 2011.
– Coleção Dança Cênica – Histórias da Dança. Org. Jussara Xavier, Sandra Meyer, Vera Torres. Florianópolis: Editora UDESC, 2012.
– Coletiva de artistas de Joinville. Construção Mínima de Memória.Org. Néri Pedroso. Joinville, 2012.
– ABACV, SJEAG, SIZEZ, SOCYO, SNEPA, MABUI E MACAC – Arquivos Implacáveis de Meyer Filho. Org. Kamilla Nunes e Pedro Franz. Florianópolis: Instituto Meyer Filho, 2017.
Escreveu o livro:
Os Segredos das Pessoas. São Paulo: Editora Gente, 1997.
Participou como fotógrafo dos seguintes catálogos de exposições de arte:
– GAPF. Nove do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis, 1958/1978 – Vinte Anos Depois. Florianópolis,1978.
– Meyer Filho 60 Anos. Exposição Comemorativa de Meyer Filho. Museu de Arte de Santa Catarina, Antiga Alfândega. Florianópolis, 1979.
– GAPF. Nove do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis. Museu de Arte de Santa Catarina. Florianópolis, 1980.
– Studio de Artes. Catálogo e Álbum Pinturas e desenhos eróticos de Meyer Filho. Florianópolis, 1882.
– Galeria de Arte Realidade. Individual de Meyer Filho. Rio de Janeiro, 1882.
– Max Stolz Galerie. Individual de Meyer Filho. Florianópolis, 1983.
– Max Stolz Galerie. Coletiva de Meyer Filho, Sandra Meyer e Paulo Meyer. Florianópolis,1984.
– 30 Anos da ACAP – Associação Catarinense de Artistas Plásticos. Museu de Arte de Santa Catarina. Florianópolis.
– Meyer Filho. Um modernista saído da lira. Memorial Meyer Filho. Florianópolis, 2007.
– 50 anos GAPF. Nove do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis. Museu de Arte de Santa Catarina, Memorial Meyer Filho e Museu Hassis. Florianópolis, 2009.
– Meyer Filho 80 Anos. Exposição Comemorativa de Meyer Filho. Museu de Arte de Santa Catarina. Florianópolis, 2000.